Solenidade celebra os 113 anos do Partido Comunista do Chile

O Partido Comunista do Chile completou 113 anos de história. Para celebrar este marco, uma solenidade aconteceu na Câmara Municipal de São Paulo no dia 4 de junho. A dirigente nacional do PCdoB, Socorro Gomes, esteve presente na ocasião e representou o partido.
“É da maior importância estarmos aqui para demonstrar, mais uma vez, a construção da nossa unidade internacionalista, a unidade dos revolucionários do continente latino-americano e caribenho. O Partido Comunista do Chile nos seus 113 anos tem demonstrado uma sabedoria política profunda, ao mesmo tempo, com uma firmeza ideológica e de busca de construção dos caminhos a cada momento”, disse Gomes.
“[O partido] enfrentou a ditadura, enfrentou o cárcere, enfrentou as torturas, assassinatos nos presídios. Soube construir a unidade popular quando foi possível e soube também, quando necessário, buscar a resistência armada popular quando foram fechados todos os caminhos para a luta do povo”, completou a dirigente.

Na sua fala, Socorro Gomes ainda destacou grandes figuras de heroísmo do partido chileno que, mesmo nas adversidades, nunca abdicaram do caminho revolucionário. Ela também ressaltou a busca dos comunistas chilenos por direitos civis, dos trabalhadores e em defesa das mulheres, enfatizando a figura de Gladys Marín (1942-2005), ex-presidenta do Partido Comunista do Chile e um “ícone para todo o continente latino-americano”.
Por fim, a dirigente lembrou que o momento é de atenção, pelo crescimento do fascismo, que deve ser combatido em todo o mundo, pois busca impedir os avanços por um mundo de igualdade.
“Essa é a missão dos trabalhadores, da classe operária, dos comunistas, dos revolucionários: enterrar essa ordem de opressão, de miséria, de falta de direitos, de desigualdade e construir uma sociedade sem a opressão do homem pelo homem, a sociedade socialista”, concluiu Socorro Gomes.
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O ato contou com o apoio da vereadora Luna Zaratini (PT), na Câmara Municipal. O mediador dos trabalhos foi o sociólogo Francisco Prandi que recordou as origens do Partido Comunista do Chile, inicialmente chamado de Partido Obrero Socialista, quando fundado em 4 de junho de 1912. Ele ainda salientou a presença de quadros históricos no partido, como o músico Víctor Jara (morto pela ditadura) e o prêmio Nobel de Literatura, Pablo Neruda (que faleceu 12 dias depois da deposição do presidente Salvador Allende pela ditadura e que estudos posteriores apontam morte por envenenamento): “É um partido imprescindível para pensar cultura, democracia e, claro, o socialismo na América Latina”, afirma Prandi.
Para Pablo Reimers, secretário de organização do regional exterior do Partido Comunista do Chile, o ato é “um momento de solidariedade do internacionalismo e de confraternização de partidos irmãos, partidos que comungam a mesma ideia, o mesmo sonho, que é a transformação e a emancipação dos trabalhadores e a conquista fundamental de um mundo mais humano, mais fraterno e, principalmente, mais digno para as trabalhadoras”, diz.
Ainda estiveram presentes o presidente do Cebrapaz, José Reinaldo Carvalho, o membro da Associação Brasileira Chilena de Amizade, Renan Morales, além de autoridades, lideranças partidárias e membros de movimentos sociais, como o MST.
